Por que eu não perco peso? Dentre tantas respostas, destaco uma: resistência à insulina!
Quero falar sobre resistência à insulina mas antes quero abordar um assunto mais amplo: nossas condições médicas maioria das vezes mensuramos pelos exames laboratoriais - além do exame clínico. Quando o resultado desses exames se encontram dentro dos parâmetros de referências dados pelo laboratório, ganhamos os “parabéns” do médico e vamos para casa com a certeza de que estamos no caminho certo em relação a nossa saúde.
Porém, o que os médicos não contam é que aqueles parâmetros apenas afirmam se você está doente ou não. Ou melhor dizendo: se alguma condição ruim de saúde JÁ ESTÁ instalada no seu corpo.
A verdade é que, as doenças não se desenvolvem do dia para a noite. Elas vão dando seus sinais ao longo do tempo e isso já podemos ver através da nossa própria curva de resultados dos exames laboratoriais ao longo do tempo. Ou seja, comparar a pessoa com ela mesma. Se determinado resultado está 10, dentro do parâmetro de referência que vai até 15 mas a pessoa já foi 4, tem alguma coisa acontecendo, concorda?
E o que é essa “coisa” tem que ser analisado e investigado.
Sintomas gastrointestinais: má digestão e mal funcionamento do intestino, dores de cabeça constantes, rinite, sinusite, problemas de pele, insônia... tanta coisa “normalizada”. Ouvimos sempre de alguém: eu tenho isso ou eu sou aquilo.
E, acredite: não somos um diagnóstico! Não precisamos nos acostumar com sintoma. O “trabalho” que vai dar olhar para isso agora, vai te poupar ter que parar a sua vida em determinado momento, seja para bateria de exames mais demorados ou invasivos (para não dizer caros) ou até (toc toc toc) ir parar na cama de um hospital. Esse “pequeno” sintoma que você se acostumou é o seu corpo avisando. Escute-o e aja!
Mas falemos então desse história da insulina!
Quero colocar um holofote nessa que é uma das condições que mais tenho visto na minha experiência (a começar por mim mesma) que é a resistência à insulina - e esse nem é o caso que comentei de números dentro ou fora dos parâmetros mas um caso de total ausência de investigação.
Medir os níveis de insulina, não aparece nas investigações de perfil glicêmico que normalmente são pedidos pelos médicos.
Vivi isso na pele (ou no sangue rs). A resistência à insulina, além de impedir a perda de peso, provoca uma condição inflamatória que pode ser a causa de muitas doenças.
De uma forma simples: a insulina é produzida pelo pâncreas e garante que o açúcar consumido seja utilizado pela célula como fonte de energia. Uma vez transportado para a célula, ele não permanece na corrente sanguínea. Por isso, muitas vezes vemos a definição de insulina como “responsável pelo controle dos níveis de açúcar no sangue”. *Açúcar aqui não é só aquele presente nos doces e o branco adicionado aos alimentos mas carboidratos de forma geral*.
Assim como o alto nível de açúcar no sangue é prejudicial, o alto nível de insulina também traz malefícios para a saúde.
Como citei no início desse texto, muitas vezes temos resultados satisfatórios quanto aos índices glicêmicos mas não sabemos quanto de insulina está presente no nosso corpo para manter essa glicose nesse nível ‘ok’. E não sabemos porque, poucos médicos prescrevem exames de medição do nível de insulina. E então, seguimos a vida assim por anos e anos.
Com os níveis de insulina altos durante tanto tempo, nosso corpo começa a desenvolver uma resistência à sua ação e ela deixa de cumprir seu papel: se a glicose não vai para a célula, vai para onde? Fica no sangue.
Até que coisas começam a aparecer: dificuldade de perda de peso (a glicose estocada), dores articulares, dores de cabeça, condições de pele, fatiga... e num caminho mais longo, até ansiedade e depressão. É uma infinidade de sintomas e cada corpo pode reagir de uma forma.
Por ora, você já pode diminuir a carga glicêmica que consome, deixando de consumir tanto açúcar. Vai ganhar disposição, melhora de sintomas , vai perder peso e diminuir sua chance de desenvolver diabetes.
E aí, numa jornada de reeducação alimentar (aquela para toda a vida e não dieta “milagrosa”, ok?) pode ser que chegue naquele estágio que estamos fazendo tudo certo e nada acontece. Pode ser outros fatores também como necessidade de mudança de estímulo mas está muito comum encontrar a resistência à insulina impedindo de alcançar o resultado que se quer.
Portanto se você apresenta alguma condição que não se descobre a causa e teve histórico de consumo de alimentos de alto índice glicêmico (doces) com frequência ou suas refeições tinham alta carga glicêmica (quantidade) e seus exames de glicemia estão dentro dos parâmetros de referência e o médico te manda para cada dizendo que está tudo bem, peça ou exija o teste de insulina!
E aprenda a olhar a evolução dos seus resultados ao longo dos anos e questione se houver mudanças. Tome as rédeas da sua saúde. Porque o médico tradicional, só vai olhar para a doença, quando ela já existir.